Todos os dias são dos professores

Historicamente é inegável a importância do magistério e dos professores em nossas vidas, em nosso crescimento pessoal e na modernização das nações do mundo ao longo dos séculos. Tanto que, no Brasil e internacionalmente, celebra-se a data. O Dia Mundial dos Professores, em 5 de outubro, foi proclamado pela Unesco em 1944. E, no Brasil, o decreto federal de 14 de outubro de 1963, em seu artigo 1°, indica que “o dia 15 de outubro, dedicado ao Professor fica declarado feriado escolar.”

A origem da data vem de outubro de 1827, quando Dom Pedro I baixou decreto imperial que deliberava sobre a criação de escolas em todas as cidades e vilas do país – as Escolas de Primeiras Letras. O documento determinava, entre outras questões, a descentralização do ensino e a regulamentação do salário dos professores. E somente em 1947, inspirada no decreto imperial, houve a primeira comemoração de um dia dedicado aos mestres.

A Unesco sustenta que ainda são necessários 44 milhões de professores, para oferecer Educação Básica a todos, até 2030. A escassez docente global estava em 69 milhões, em 2016; e em novo informativo divulgado no dia 5, atingia 44 milhões, em significativa redução, de quase um terço. A situação melhorou, mas ainda não é suficiente para satisfazer as necessidades globais. Na América Latina e no Caribe, existe, por exemplo, uma escassez de 3,2 milhões de docentes.

Ao analisar dados de desgaste da profissão, a Unesco detectou três fatores principais: más condições de trabalho, estresse elevado e baixos salários. O Ministério da Educação brasileiro reconhece que o desenvolvimento econômico, social e sustentável do país só ocorrerá com a valorização do professor, da creche à pós-graduação. O Brasil possui 2,5 milhões de profissionais docentes responsáveis pela formação dos estudantes. Os governos do Brasil, desde Dom Pedro I, tentaram, mas não valorizaram devidamente os professores. Todos os dias deveriam ser Dia dos Professores. Está na hora de agir.