Conflitos que preocupam

Conflitos que preocupam

A curto prazo parece não se desenhar no horizonte uma solução pacífica. A busca por uma solução justa e duradoura para o conflito israelense-palestino permanece um grande desafio para todos.

Correio do Povo

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Não bastasse a guerra entre Rússia e Ucrânia que já dura muito mais do que se imaginara, agora um novo conflito preocupa a humanidade. Na verdade não é tão novo assim, porque conflito entre Israel e Palestina é um dos mais longos e complexos da história contemporânea, e suas raízes se estendem profundamente na história, na religião e na geopolítica da região do Oriente Médio. A causa principal está na reivindicação do território por diferentes grupos com significados culturais e religiosos distintos. E esse conflito não começou em 1948, com a criação do Estado de Israel, mas é milenar e com motivos diversos. E todos têm razões históricas para alegarem que aquele território lhes pertence. A questão dos territórios ocupados, como a Cisjordânia e a Faixa de Gaza, também é central no conflito. A construção de assentamentos judaicos nesses territórios e a disputa por Jerusalém são pontos de conflito contínuo, tornando ainda mais difícil encontrar uma solução pacífica.

Além disso, o papel de atores externos, como os Estados Unidos, que têm sido historicamente um aliado próximo de Israel, fornecendo apoio político, econômico e militar, o que muitas vezes levou a uma percepção de desequilíbrio nas negociações de paz. Essa influência externa e o envolvimento de potências regionais, como o Irã, também complicaram ainda mais o conflito.

A curto prazo parece não se desenhar no horizonte uma solução pacífica. Até porque o Hamas não quer paz, uma vez que é um grupo eminentemente terrorista. E de um lado o Conselho de Segurança da ONU, por enquanto, não se posicionou e de outro, a União Europeia suspendeu a ajuda ao desenvolvimento dos palestinos. Nesse contexto, a busca por uma solução justa e duradoura para o conflito israelense-palestino permanece um desafio para todos. A esperança para uma paz a curto prazo na região pode ser geopolítica, pois alguns países diversificam seus negócios, como com turismo. E conflitos atrapalham isso. Essa pode ser a luz no fim do túnel.


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DESDE 1º DE OUTUBRO 1895