Um curinga do PIB nacional

Um curinga do PIB nacional

O Brasil é rico de paisagens e de meios para atrair turistas, tanto das diferentes regiões internas quanto do exterior. E isso precisa ser incentivado, com um planejamento que possa ser efetivo e gerador de emprego e de renda.

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Nesta quarta-feira, 27, registrou-se a passagem do Dia Mundial do Turismo e houve uma série de atividades e de debates sobre a melhor forma de aproveitar o potencial turístico do país. Temos um território nacional com muitas belezas naturais, um calendário de festas culturais de norte a sul e uma costa litorânea de 8,5 mil quilômetros, clima tropical e condições propícias à prática de atividades ao ar livre durante o ano todo. A par de ser uma das maiores economias do planeta, o Brasil é rico de paisagens e de meios para atrair turistas, tanto das diferentes regiões internas quanto do exterior. E isso precisa ser incentivado, com um planejamento que possa ser efetivo e gerador de emprego e de renda.

Os especialistas em turismo costumam dizer que essa indústria é lucrativa, com amplas possibilidades e retorno rápido no tocante a investimentos. Isso faz muito sentido, uma vez que, ao contrário de um parque industrial ou de novas tecnologias, por exemplo, a atividade turística tem seu escopo em atrações que já temos ao natural no cotidiano, como eventos culturais e lugares privilegiados pela natureza, além de um povo hospitaleiro e receptivo. Para a expansão do segmento, é fundamental que tanto o poder público como a iniciativa privada atuem em conjunto, qualificando mão de obra, ofertando crédito para empresas do ramo e realizando campanhas de divulgação dos nossos atrativos para potenciais visitantes.

De acordo com um levantamento do Conselho Mundial de Viagens e Turismo (em inglês, WTTC), o país neste ano de 2023 deverá ter uma arrecadação de R$ 752,3 bilhões, o equivalente a 7,8% do Produto Interno Bruto (PIB), gerando cerca de 8 milhões de vagas no mercado de trabalho. Os números são animadores, ainda mais por serem indicadores de um período de pós-pandemia. O setor, movimentado por viagens das mais variadas motivações, como lazer, negócios e estudos, tem tudo para continuar a ser um curinga na economia brasileira, demandando menos aportes e devolvendo muito mais à coletividade. 


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895