Hora de zelo e cautela redobrados

A semana está iniciando e a informação de que um novo ciclone se aproxima do Estado deixa em alerta as autoridades e a sociedade em geral. Este é um evento que exige muita atenção e ocorre justamente quando ainda se está às voltas com as consequências do sinistro mais recente, que deixou milhares de desabrigados, dezenas de mortes e cidades destruídas, como Muçum e Roca Sales no Vale do Taquari. Na Capital, devido ao aumento do volume do Guaíba, a prefeitura está fechando as comportas do Cais Mauá e antecipando-se a eventual avanço das águas sobre a área urbana da cidade, como ocorreu na histórica enchente de 1941.

De um modo geral, a União, os estados e os municípios estão atuando de forma decisiva para contornar os problemas surgidos até agora, inclusive com a continuidade dos trabalhos de assistência social, reativação de escolas, busca de crédito para empresas e liberação de verbas de programas sociais. Também estão agindo para identificar áreas de risco visando a prevenir novas tragédias e demandando locais mais seguros para constituir moradias provisórias, o que está sendo feito com agilidade a partir do gerenciamento de um fundo coordenado por diversas entidades reconhecidas, o que faz com que os valores possam ser liberados com mais rapidez e menos entraves burocráticos. Aliás, mesmo verbas do orçamento que estão sendo disponibilizadas por conta da decretação do estado de calamidade pública estão sendo aportadas de maneira ágil, mas dentro dos preceitos de fiscalização por parte dos órgãos com tais atribuições.

Diante da perspectiva de mais um ciclo semanal difícil, com possíveis melhorias do clima adverso só mais para perto do fim de semana, urge que todos se mantenham atentos, com as forças-tarefas atuantes para ouvir as demandas e encaminhar soluções com celeridade. Igualmente é importante que as manifestações de solidariedade se mantenham, com cada um ajudando como pode e, também, agindo com cautela em face de eventos danosos já previstos.