Doença persistente a ser erradicada

Doença persistente a ser erradicada

O compromisso de acabar com esta chaga persistente até 2030 precisa abarcar também pontos de um protocolo de combate a problemas ligados à pobreza, à Aids, à população em situação de rua e à população indígena.

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Tão antiga quanto a história da humanidade, a tuberculose, que já foi chamada de “peste branca” e de “mal do rei”, continua a grassar no país e no mundo, constituindo um desafio para a saúde coletiva, principalmente para as autoridades do setor. De acordo com Organização Mundial da Saúde (OMS), vinculada à Organização das Nações Unidas (ONU), esse mal mata mais de 1 milhão de pessoas por ano, sendo cerca de 5 mil óbitos no Brasil, que registra anualmente em torno de 80 mil novos casos. Esse assunto foi tratado em recente assembleia geral da ONU, a qual teve como meta fazer um balanço dos avanços ocorridos nos últimos cinco anos e aprovar uma pauta política com ações concretas e mais efetivas, visando à erradicação da doença, o que, certamente, não será tarefa fácil e demandará muita atuação conjunta dos países-membros da entidade.

A tuberculose é uma infecção contagiosa que é causada pelo bacilo de Koch (Mycobacterium tuberculosis), que ataca tanto os seres humanos como os animais em várias partes do organismo e fragilizando especialmente os pulmões. Para o diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, mesmo com o não alcance de metas traçadas em 2018, como um montante de 30 milhões de pessoas colocadas em tratamento, número que só foi alcançado pela metade, agora as condições de atendimento são melhores. Ele ressaltou que já estão disponíveis diagnósticos rápidos que realizam o teste em menos de duas horas e regimes de tratamentos mais eficazes, inclusive para a variação multirresistente. Todavia, enfatizou que se deve buscar uma nova vacina, já que a existente tem limites de faixas etárias.

O compromisso de acabar com esta chaga persistente até 2030 precisa abarcar também pontos de um protocolo de combate a problemas ligados à pobreza, à Aids, à população em situação de rua e à população indígena. No país, para que haja um êxito efetivo, há que se equipar o SUS com a expertise necessária para garantir o acesso da população à cura dessa enfermidade tão danosa para a coletividade.


Correio do Povo
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