Maior capacitação para nossos jovens

Maior capacitação para nossos jovens

Urge combater a evasão escolar e tornar as escolas um centro de referência na capacitação e desenvolvimento a curto, médio e longos prazos dos alunos e interagir com as famílias para que sejam ponto de apoio para eles.

publicidade

Num universo de 37 países analisados, o Brasil apresentou o segundo maior contingente de jovens que não estudam nem trabalham na faixa etária entre 18 e 24 anos. A situação é preocupante e, de acordo com dados recentes do Ministério do Trabalho e Emprego, 5,2 milhões de jovens entre 14 e 24 anos de idade estão sem trabalho hoje no Brasil. Como forma de auxiliar nesse processo que exige iniciativas imediatas, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) lançou, nesta quinta-feira, em São Paulo, o Laboratório de Inclusão Produtiva das Juventudes (Linc). O projeto é desenvolvido em conjunto com o Centro de Desenvolvimento da Gestão Pública e Políticas Educacionais da Fundação Getulio Vargas, o Itaú Educação e Trabalho e o Instituto Unibanco e tem como meta apoiar, mobilizar e incentivar a implementação de políticas públicas focadas na inclusão dos jovens no mercado de trabalho.

A par desse processo, no cotidiano, é preciso combater a evasão escolar, tornar as escolas um centro de referência na capacitação e desenvolvimento a curto, médio e longos prazos dos alunos e interagir com as famílias para que elas sejam também um ponto de incentivo para seus estudantes. Outrossim, urge dar um mínimo de assistência para que os clãs familiares possam se manter, sem fazer pressão para que seus filhos e filhas entrem no mercado de trabalho, geralmente o informal, para ajudar no orçamento da casa e, com isso, abandonem a perspectiva de um aprendizado que pode fazer toda a diferença no futuro.

Não é de hoje que o Brasil tem urgência na educação, que gera impactos amplos em diversas esferas, inclusive nos indicadores socioeconômicos. Muitas medidas não têm obtido o êxito esperado, como no caso do Plano Nacional de Educação (PNE). Algo está errado quando se tem um país que faz parte do grupo seleto das maiores economias do planeta e que tem um povo com muitas demandas básicas e essenciais para sua sobrevivência. Educar bem é estratégico e necessário.


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895