A solidariedade efetiva dos gaúchos

A solidariedade efetiva dos gaúchos

Apesar de todas os prejuízos, do luto e da dor das perdas materiais e afetivas, é certo que muito poderá ser feito e refeito por conta da intensa onda de solidariedade que se alastrou pelo RS logo após os eventos trágicos.

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A tragédia das enchentes no Rio Grande do Sul segue impactando o cotidiano dos gaúchos e gerando um enorme sentimento de empatia em todo o Estado e no país, mobilizando autoridades, demandando concessionárias e prestadores de serviços e ativando o trabalho voluntário de milhares de pessoas. Muitos outros milhares estão desalojados ou foram atingidos de alguma forma. Infelizmente, já foram contabilizadas dezenas de mortos e outras dezenas de desaparecidos.

Depois da irrupção violenta das águas e da destruição quase completa de várias cidades, a exemplo de Roca Sales e Muçum, é chegada a hora de pensar na reconstrução dessas e de muitas outras comunidades. Em paralelo, há etapas a serem cumpridas, como alimentar e doar roupas para quem perdeu tudo, repassar remédios para os doentes, propiciar água potável e itens de limpeza para as famílias, dotar os desabrigados de um lar de forma imediata, localizar animais domésticos perdidos de seus donos, reativar aos poucos os estabelecimentos comerciais para que possam ofertar bens e serviços.

Essa retomada não poderá ser feita sem o apoio da sociedade, da iniciativa privada e da parceria com o poder público. Por isso, é muito importante a visita aos locais dos governantes, como o governador Eduardo Leite e o presidente em exercício Geraldo Alckmin, que, junto com oito ministros, visitou as áreas atingidas neste domingo, prometendo liberar verbas de forma emergencial para que as demandas mais urgentes dos moradores possam ser resolvidas.

Todavia, apesar de todas os prejuízos, do luto e da dor das perdas materiais e afetivas, é certo que muito poderá ser feito e refeito por conta da intensa onda de solidariedade que se alastrou pelo RS logo após os eventos trágicos. É preciso que as ações se mantenham e que cada gaúcho ou gaúcha contribua como puder para minimizar os danos daqueles que foram vitimados pelas inundações. A união de todos é a chave para vencer toda e qualquer adversidade, por maior que ela seja. 


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895