Hora da mais ampla solidariedade

Hora da mais ampla solidariedade

É imprescindível que os gaúchos ajam para prestar ajuda e isso envolve desde os entes federados, União, estados e municípios, até a coletividade, que pode ser solidária por meio dos canais indicados para doações e auxílios.

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O RS e o país estão chocados com a tragédia que se abateu sobre várias cidades gaúchas, com mortes, feridos e uma destruição nunca vista, notadamente no vale do Taquari, no interior do Estado. São milhares de atingidos e, até agora, dezenas de 30 mortes por conta das inundações. Muitas cidades tiveram uma devastação completa, a exemplo de Roca Sales, onde não há comércio e tudo está paralisado. Os moradores solicitam alimentos, roupas e água potável. Também houve óbitos Lajeado e Estrela, bem como em Muçum, onde já foram encontrados 15 mortos e os moradores também estão sem nenhuma comunicação. Esse cenário catastrófico se repete em muitos municípios gaúchos e demandam ações urgentes do poder público e da sociedade civil. Muitos atingidos ficaram sem nada, desde seus bens materiais até suas memórias, sem falar naqueles que perderam entes queridos. Há diversos relatos de que nunca se viu nada igual nas localidades que foram alvo da força das águas, que foram levando tudo de roldão, inclusive casas e veículos automotores.

Diante desse cenário trágico, é imprescindível que os gaúchos ajam com celeridade para prestar ajuda e isso envolve desde os entes federados, União, estados e municípios, até a coletividade, que pode ser solidária por meio dos canais colocados à disposição para doações e auxílios. Itens de vestuário, cestas básicas e vasilhames de água são fundamentais neste momento para garantir o mínimo para a sobrevivência dos desalojados ou prejudicados, pois muitos voltaram para suas casas sem quaisquer recursos, como emprego ou mobília dentro de casa. Mais tarde, será necessário reconstruir as residências, tão logo sejam retirados das vias públicas e das moradias o lixo e a lama acumulados.

Neste momento de grande apreensão, é preciso refletir sobre a necessidade de aperfeiçoar os mecanismos empregados nos monitoramentos para evitar futuros sinistros climáticos. De forma mais imediata, participe para mitigar as necessidades prementes dos segmentos alvejados pelas intempéries e contribua como puder.


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895