Mais oportunidades para as mulheres

Mais oportunidades para as mulheres

São extremamente relevantes as iniciativas que visem dotar as brasileiras de independência econômica para que elas possam sobreviver com melhores condições no cotidiano e ter uma inserção real no processo produtivo.

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No dia a dia, infelizmente, não são raros os casos de agressão verbal e física às mulheres, que acabam sendo alvo de violência doméstica. Ainda que se tenham ferramentas legais visando a uma proteção, como a Lei Maria da Penha e outras estruturas, como as varas específicas, as delegacias especializadas e as casas de passagem, ainda há muito por ser feito para que elas possam se sentir seguras. Os números relativos a esse tipo de delito se mantêm muito elevados e as atividades protetivas precisam ser intensificadas. Segundo dados tornados públicos pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, cerca de 18,6 milhões de mulheres foram vítimas de agressões no Brasil em 2022.

Diante dessa realidade, que precisa ser tratada penal e civilmente, são extremamente relevantes as iniciativas que visem dotar as brasileiras de independência econômica para que elas possam sobreviver com melhores condições no cotidiano e ter uma inserção real no mercado de trabalho e no ciclo produtivo da economia. Isso é vital para elas e suas famílias. Para tanto, urge que tenham assessoria técnica que as levem a descobrir seu potencial para que possam empreender em suas comunidades. Torna-se fundamental apoiar esse movimento de emancipação que já conta com indicativos promissores. Segundo o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), no 3<SC120,176> trimestre de 2022, o país atingiu a soma inédita de 10,3 milhões de mulheres donas de negócios. Nesse montante, o total de mulheres empregadoras teve incremento de 30% entre 2021 e o ano passado, totalizando 1,3 milhão de mulheres geradoras de postos de trabalho.

Para identificar todas as brasileiras que necessitem de apoio para exercer uma atividade econômica, é essencial que o poder público e a sociedade civil estejam atentos e, assim, possam ofertar oportunidades. Um exemplo é a criação da Semana Nacional do Empreendedorismo Feminino. Há muito caminho para se percorrer.


Correio do Povo
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