Atividades marcadas pela solidariedade

Atividades marcadas pela solidariedade

A implementação do Trote Solidário veio contribuir para arrecadar toneladas de alimentos para famílias carentes e estimulou atividades meritórias, a exemplo da doação de sangue e de órgãos, bem como de medula óssea.

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Há algumas coisas que, depois de descartadas pela sociedade, passam a ser motivo de reflexão de como que eram permitidas e vistas até com certa naturalidade. Um exemplo é o caso do cigarro em ambientes fechados, muitas vezes em restaurantes em que uns fumavam enquanto outros faziam suas refeições. Algo absolutamente impensável nos dias de hoje. 

Uma outra situação que era corriqueira e que, felizmente, parece já estar, no geral, confinada ao passado diz respeito aos trotes violentos nas universidades. Havia ocorrências de exageros e já houve até mesmo estudantes feridos nessas brincadeiras de mau gosto, sem esquecer casos de letalidade que demandaram a intervenção policial.

Todavia, atualmente, com a implementação do Trote Solidário, tudo está mais civilizado e mais voltado para fins positivos e elogiáveis. Tais atividades vêm contribuindo para arrecadar alimentos para famílias carentes e estimulando a doação de sangue e de órgãos, bem como de medula óssea. Isso aproxima os estudantes da coletividade e os insere na realidade vivida por aqueles que, talvez, não tenham tido a mesma sorte deles de poderem escolher uma carreira e melhorar suas condições de sobrevivência. Essa integração promissora teve, neste sábado, em Porto Alegre, Canoas, São Leopoldo, Novo Hamburgo e Santa Maria mais uma edição, quando calouros de medicina foram para as ruas realizar atividades beneficentes em prol dos segmentos mais vulneráveis. Participaram alunos da Ulbra, da Ufrgs, da UFCSPA, da Unisinos, da Feevale, da UFSM e da Universidade Franciscana.

Esse tipo de iniciativa tem um grande impacto na preparação desses acadêmicos, porque mostra a eles as reais necessidades da população e sinaliza o quão importante que eles estejam aptos a lidar com situações que irão exigir sua intervenção capacitada e transformadora. A empatia é imprescindível no trato das questões humanas no cotidiano e o currículo precisa estar a par das vivências nesse processo de formação.

 


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895