A luta necessária contra a pirataria

A luta necessária contra a pirataria

A fuga de receitas é mais comum do que se imagina e está presente no cotidiano das administrações dos diferentes erários. Um exemplo está no caso do comércio pirata de produtos, que competem com o varejo legalizado.

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Todas as obras e os serviços que devem ser prestados pelos entes federados nas três esferas, União, estados e municípios, dependem sobremaneira da arrecadação e do equilíbrio das contas públicas. É por isso que os tributos, como impostos, taxas e contribuições, devem ser aportados na medida certa para que as obras e a assistência social possam ser alvo da atenção do poder público. Para tanto, é preciso que haja um efetivo combate à perda de recursos por meio da evasão fiscal e da sonegação tributária. 

Infelizmente, essa fuga de receitas é mais comum do que se imagina e está presente no cotidiano das administrações dos diferentes erários. Um exemplo está no caso do comércio pirata de produtos, que competem com o varejo estabelecido, não pagam nenhuma tributação e, não raro, ajudam a fomentar o crime organizado. É por isso que a fiscalização tem que ser sempre redobrada para evitar que o prejuízo chegue a toda coletividade, principalmente em relação aos que mais precisam, os segmentos carentes das comunidades.

Diante dessa realidade adversa e que exige ações efetivas, devem ser estimuladas blitze de fronteira e nas cidades para combater o comércio legal de itens diversos, todos irregulares e alguns representando perigos para a saúde e para a segurança doméstica, como no caso de brinquedos para as crianças. É por isso que as operações preventivas e repressivas das forças policiais e dos órgãos de controle têm de ser feitas com a periodicidade necessária para retirar das ruas e do mercado os que atuam irregularmente e que buscam o lucro fácil sem contrapartida.

Um estudo recente revela que o país perdeu R$ 345 bilhões em 2022 por conta da pirataria. Isso mostra o imenso montante que está sendo desviado para outros fins, alguns escusos, e que poderia estar sendo usado em favor da população. Urge concentrar forças para agir e, assim, impedir essa sangria de verbas tão demandas pela sociedade.


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895