As muitas violações de direitos do idoso

As muitas violações de direitos do idoso

O mês de outubro já está próximo e nele se completarão as duas décadas de vigência do Estatuto do Idoso. Trata-se de importante conquista que serviu para chamar a atenção para os cuidados que a coletividade deve ter com esse segmento.

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O mês de outubro já está próximo e nele se completarão as duas décadas de vigência do Estatuto do Idoso. Trata-se de uma importante conquista que serviu para chamar a atenção para os cuidados que a coletividade deve ter com esse segmento importante e que tanto contribuiu para o desenvolvimento do país, sendo que muitos permanecem na ativa ajudando a fomentar a economia e sendo esteio de suas famílias, exercendo sua cidadania na plenitude. A lei referida ajudou a implementar algumas conquistas pontuais que foram extremamente importantes para assegurar uma melhor qualidade de vida para os membros da chamada terceira idade. Entre elas, podemos elencar a prioridade no atendimento na fila de bancos e supermercados, a preferência em transportes públicos, bem como as vagas prioritárias em estacionamentos. Essa foi a primeira legislação que de fato passou a atribuir direitos aos idosos.

Todavia, nem tudo são coisas boas nesse panorama em que frequentemente se fica sabendo de desrespeitos a esses brasileiros e brasileiras. De acordo com o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, houve, somente nos cinco primeiros meses deste ano, 47 mil denúncias de violência contra idosos e registro de 282 mil violações de direitos, um aumento de 57% no número de denúncias e de 87% no de violações em relação ao mesmo período do ano de 2022. Os dados foram recebidos pelo Disque 100, canal disponibilizado pelo órgão para receber denúncias em todo o território nacional.

De acordo com o Censo 2022, os idosos correspondem a um contingente de mais de 33 milhões de pessoas. Trata-se de um montante expressivo que precisa ter suas demandas consideradas pelo poder público e pela sociedade. A rede protetiva, por exemplo, deve ser célere e efetiva. Urge implementar mais delegacias especializadas, mais varas judiciais específicas, qualificar os lares coletivo. Contudo, o principal é estimular o clã familiar para que ele dê a esses familiares o carinho e o convívio saudável que eles tanto necessitam.


Correio do Povo
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