Cuidados com a terceira idade

Cuidados com a terceira idade

Num país que tem uma população de idosos em torno de 33 milhões de pessoas, eles precisam constar no orçamento e nas políticas públicas governamentais, com acesso a saúde, lazer, saneamento, esporte, entre outros.

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Nesta semana, repercutiu em todo o RS o caso de um idoso que foi deixado por um familiar numa calçada, com alguns pertences, numa cidade da Grande Porto Alegre. Esse fato é ilustrativo de uma situação que envolve esse segmento vulnerável que enfrenta as vicissitudes de uma idade avançada e nem sempre em boas condições para travar um bom combate. Não raro, eles são alvo de agressões psicológicas e físicas num ambiente que deveria ser seguro para eles. Sem falar que há relatos de muitos que são obrigados a se endividar para carrear recursos para parentes próximos. Infelizmente, as delegacias de Polícia, principalmente, as especializadas, costumam ter um número alto de ocorrências, o que evidencia que a sociedade precisa tratar esse tema com muito mais atenção.

Nesse sentido de se proceder a um maior envolvimento do poder público com uma questão tão sensível, vem em boa hora a informação de que governo federal, por meio do ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), Silvio Almeida, empossou 36 membros do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa (CNDPI) para o biênio 2023-2025. A ampliação do número de integrantes da sociedade civil de 14 para 18 membros, em abril de 2023, permitiu que a composição do órgão seja feita com paridade entre a coletividade e os 18 representantes nomeados pelo Poder Executivo. Num país que tem uma população de idosos em torno de 33 milhões de pessoas, eles precisam constar no orçamento e nas políticas públicas governamentais. 

São muitas as demandas dos brasileiros e das brasileiras da terceira idade nas mais diversas áreas, entre elas, saúde, saneamento, lazer, acessibilidade, esporte. Depois de terem trabalhado toda uma vida para suas famílias e para levar o país adiante, agora é a vez de aproveitarem dessa sua fase da vida, com segurança e estabilidade. Propiciar-lhes condições dignas de vida não é favor, mas um dever de todos do seu entorno. Toda violação dos seus direitos deve ser investigada e punida.


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895