Cobertura vacinal aquém do necessário

Cobertura vacinal aquém do necessário

É muito importante que se fixe que a oportunidade de salvaguardar as próprias vidas e as de outros familiares, preservando a saúde individual e coletiva, é ofertada de forma não onerosa por meio do SUS.

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Historicamente, o Brasil sempre esteve na vanguarda mundial em termos de vacinação. Foi assim que doenças como o sarampo, por exemplo, chegaram a ser consideradas erradicadas. Todavia, com alguns fatos que vieram ao cenário do país e à cena mundial, como a pandemia, acabaram por determinar muitos reveses nessa estabilidade tão necessária para salvar vidas. Os reflexos dessa falta de adesão são muitos no Brasil e também no Rio Grande do Sul.

Um dos itens levantados por uma pesquisa do Ministério da Saúde aponta que, em Porto Alegre, a imunização tem sido menor entre os jovens em relação ao coronavírus. Para que se tenha uma ideia, os percentuais são satisfatórios entre os idosos acima de 80 anos, contrastando diretamente com segmentos de faixas etárias iniciais. Para o contingente de 3 a 4 anos, o percentual é de 17,6%. Para os de 12 a 17 anos, o percentual está em 29,4%. O que se depreende disso é que, quanto menor a idade, cai mais a quantidade de menores imunizados. Chama também a atenção que as mulheres aderem à vacinação em quantidade muito maior que os homens.
Muito disso se deve, além do isolamento advindo da Covid-19, no âmbito das medidas sanitárias, aos boatos disseminados acerca das vacinas, com inverdades e falsas alegações, inclusive apontando efeitos colaterais não existentes, segundo especialistas. É importante que se façam os esclarecimentos necessários para incentivar as famílias a agirem preventivamente e, assim, protegerem seus infantes de enfermidades futuras e evitáveis.

É muito importante que se fixe que a oportunidade de salvaguardar as próprias vidas e as de outros familiares, preservando a saúde individual e coletiva, é ofertada de forma não onerosa por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Não há desculpa aceitável para que a população não acesse esses serviços que podem fazer toda a diferença no dia a dia. Cabe aos pais e responsáveis fazer os devidos encaminhamentos para que suas crianças e adolescentes tenham a necessária proteção.


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895