Avanços com conquista adiada

Ainda que não tenha vindo a conquista da Copa do Mundo tão pretendida pela Seleção Brasileira de futebol feminino, que foi eliminada na primeira fase do torneio realizado na Austrália e na Nova Zelândia, a verdade é que o time contribuiu para a difusão desse esporte entre as mulheres, granjeando simpatias e a torcida de todo o povo brasileiro de norte a sul do país. Podemos dizer hoje que o futebol praticado por elas nunca esteve tão fortalecido e tão divulgado, a ponto de fazer acreditar que essa modalidade, a partir de agora, é uma opção recorrente para as brasileiras, a par do vôlei, do basquete, do tênis e de outros esportes olímpicos.

É evidente que o grande montante de pessoas que se envolveu com o evento ficou frustrado pelo fato de nossa seleção ter sido eliminada precocemente e de até hoje, depois do início dessa competição nos moldes atuais, o que ocorreu em 1991, na China, com nove edições, ainda não ter sido campeã. Todavia, há que nos lembrarmos que a agremiação masculina também levou muitos anos para conquistar o título, já que a primeira edição do certame ocorreu em 1930, no Uruguai, e só fomos ser campeões em 1958, na Suécia. Dessa forma, é preciso ter em mente que grandes conquistas demandam, muitas vezes, esforços de décadas. Certamente, as conquistas virão, ainda mais com o incentivo sem precedentes que a atividade está recebendo, a ponto de termos um campeonato nacional unificado e craques reconhecidas no Brasil e no mundo todo.

Esta edição da Copa do Mundo foi emocionante para todos os envolvidos, principalmente para a equipe técnica e jogadoras. Das lágrimas das atletas, ao final, por certo há de brotar a força que fará fomentar o desejo de vencer e de superar os insucessos. Em breve, talvez, venhamos a experimentar o Brasil das gurias se livrando do peso de tantas perdas e estampando suas próprias estrelas nas camisetas. Nada como um quadriênio depois do outro.