A implementação do ensino integral

A implementação do ensino integral

A cada vez que os diferentes governos anunciam uma iniciativa que julgam inovadora, sempre se tem a esperança de que ela funcione para alterar o atual estado de coisas em que a educação ainda deixa muito a desejar.

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Não é de hoje que a educação brasileira precisa ser reformulada. Mesmo boas intenções legisladas, como é o caso do Plano Nacional de Educação (PNE) com suas importantes metas, não vêm obtendo os resultados esperados. Há um consenso, disseminado também entre as famílias mais pobres, de que os jovens só terão um futuro e uma vida digna se conseguirem obter uma boa formação escolar e acadêmica. Não podem restar dúvidas disso, haja vista que o mundo do trabalho está cada vez mais exigente e demandando o domínio das novas tecnologias. Diante da ausência de maior qualidade do ensino atual, fica patente uma disparidade que precisa ser mitigada a fim de preparar nossos alunos para novos tempos em que eles precisarão demonstrar uma capacitação que ainda está ausente das nossas salas de aula.

Dessa forma, cada vez que os diferentes governos anunciam uma iniciativa que julgam inovadora, sempre se tem a esperança de que ela funcione para alterar o atual estado de coisas em que temos um ensino que, na comparação com outras nações, como no ranking da Organização das Nações Unidas (ONU), ainda deixa muito a desejar. É essa expectativa que agora envolve a implantação da escola em tempo integral, um programa nacional da educação básica que acaba de ser sancionado pelo governo federal. De acordo com a medida, há previsão de aporte de R$ 4 bilhões para beneficiar um milhão de novos alunos entre 2023 e 2024 e cerca de 3,2 milhões até 2026. Nessa modalidade, os alunos permanecem no espaço escolar em período igual ou superior a 7 horas diárias desenvolvendo atividades diversas para melhorar sua formação e desenvolvimento de novas habilidades. Outrossim, não se pode olvidar que tal permanência na escola também vai ajudar para que pais e responsáveis pelos menores possam ter mais tranquilidade para exercer suas atividades, de uma forma que todos ganham com o projeto.

O tempo perdido na educação brasileira não pode ser recuperado. Mas o futuro tem tudo para ter um novo rumo.


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895