Porto Alegre e a dádiva da união de esforços

Porto Alegre e a dádiva da união de esforços

Porto Alegre enfrentou recentemente uma enchente histórica que uniu a cidade em solidariedade e ação.

Hamilton Sossmeier

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Porto Alegre viveu em setembro uma enchente histórica, com o Guaíba chegando a níveis que não eram registrados desde 1941. No mesmo mês, o Rio Grande do Sul como um todo também sofreu com a força de desastres naturais. O período foi de comoção geral, reflexão, mas, sobretudo, de solidariedade. A população, o poder público e as entidades das mais variadas vertentes se uniram na reconstrução do que foi perdido e no apoio às dezenas de vítimas atingidas.

Na capital dos gaúchos, acompanhamos de perto o trabalho das equipes da prefeitura e dos órgãos de segurança que, de forma responsável, atuaram tanto preventivamente, como em ações emergenciais de socorro nas regiões mais afetadas. Operações para a retirada de moradores das localidades alagadas, uma rápida organização de uma rede de acolhimento à população desabrigada e o atendimento até mesmo aos animais que estavam em moradias atingidas pela enchente.

Da mesma forma célere agiu o parlamento da Capital. Já de pronto, defendemos e alinhamos que todos os projetos que envolvessem diretamente o apoio aos atingidos pelas cheias fossem priorizados na nossa ordem do dia. Acordamos que as iniciativas protocoladas na Casa relacionadas ao momento extremo que o município vivia tramitassem com a máxima celeridade possível. 

Assim foi que conseguimos um feito que só é possível quando a democracia e a união de esforços em torno do bem comum são os únicos interesses norteadores: aprovamos, em menos de 12 horas, o projeto do Executivo que criou o Programa Municipal de Recuperação Emergencial e Auxílio Humanitário. O programa foi aprovado por unanimidade, por nós vereadores, em reunião extraordinária, e possibilitou que a Prefeitura destine mais de R$ 20 milhões para amenizar os danos à população atingida por situações de emergência ou calamidade pública em razão das cheias. No mesmo sentido, outros projetos tramitam na Casa, como o que isenta de pagamento do IPTU imóveis atingidos por enchentes.

Sendo assim, ainda que sejamos tomados pelo sentimento de preocupação e angústia pelos danos causados pelas intempéries, o que comove de fato é que estes não nos paralisaram. Que tanto o parlamento quanto o Executivo e a própria população fizeram brotar a mais bela demonstração da dádiva da união de esforços, da coletividade e do bem comum. Essa é a política de resultados que a Capital merece e é com ela que nos comprometemos!


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895