Futuro do Norte do RS em construção

A região Norte do Rio Grande do Sul está vivendo um novo período de expansão e desenvolvimento, impulsionado em grande parte pela construção civil e pelo setor imobiliário. Depois de um 2022 muito bom, com um volume de comercialização na casa dos R$ 521 milhões, o cenário segue aquecido este ano. Passo Fundo, a maior cidade da região, com mais de 200 mil habitantes, segundo o último Censo, já ocupa a terceira posição estadual no segmento, atrás apenas de Porto Alegre e Caxias do Sul.

O setor imobiliário e a construção civil sempre tiveram papel crucial no desenvolvimento das cidades. Além de gerarem milhares de empregos diretos e indiretos, em inúmeras áreas, eles atraem investimentos e impulsionam a atividade econômica local como um todo. Quando estão bem, via de regra, o país vai bem. Mas por mais consolidado e seguro que seja um segmento, precisamos sempre estar atentos às novidades. E uma região que cresce e se moderniza também se torna mais exigente. Por isso, nos últimos anos, lançamos vários empreendimentos para atender às novas necessidades do mercado regional, que refletem, em última análise, grandes tendências globais.

Em Passo Fundo, passamos a atuar com coworkings e sistemas de aluguéis por assinatura e locações compartilhadas. Importante para uma município com quatro universidades que é considerado também um polo tecnológico, com inúmeras empresas de TI, startups e centros de pesquisa. Esses modelos de apartamentos multipropriedade têm crescido no mundo todo e atraído muitos investidores. Como era esperado, a expansão do aeroporto Lauro Kurtz tem ampliado o interesse econômico na região. Novos negócios estão surgindo, o fluxo de pessoas aumentou, assim como, claro, a demanda por moradia, construção, locação e hospedagem. Hoje, há 744 imóveis à venda em Passo Fundo, segundo o Sinduscon. Entramos em uma nova fase. Nossa região Norte — do Alto Jacuí, Produção e Médio Alto Uruguai — sempre foi estratégica para a economia do Estado. Sempre foi pujante e inovadora, mas também já sofreu com desamparo e negligência, sobretudo em questões logísticas e de infraestrutura. Este novo boom imobiliário, no entanto, nos dá um sinal claro de que um novo futuro na região já está em construção.