No Dia Nacional das Artes: o que podemos celebrar

No Dia Nacional das Artes: o que podemos celebrar

Daiane Marin, diretora da D.Marin Planejamento Cultural

publicidade

No dia 5 de maio de 2023, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o fim da pandemia do coronavírus. O comunicado feito pela entidade representou não apenas o término de uma das crises sanitárias mais agudas da história da humanidade, mas também um ponto final na dor de cabeça que muitos profissionais e setores da sociedade sentiram durante mais de três anos no Brasil. Aqui, inclui-se a classe artística, responsável por abranger mais de 5 milhões de brasileiros, cuja demanda ficou represada em meio a um cenário marcado por incertezas.

Hoje, depois que o “pior” passou, verificamos um novo contexto no setor cultural, com o destravamento de medidas relevantes e boas expectativas para manter pujante uma área que é vital no desenvolvimento de qualquer país. Neste sábado (12), comemoramos o Dia Nacional das Artes, instituído pela Lei 6.533, que passou a vigorar há dois anos. Mas o que, de fato, podemos celebrar com a data?

Seguindo a linha cronológica de anúncios realizados pelo Governo Federal, vamos começar pela Lei Paulo Gustavo, a qual deve injetar R$ 3,8 bilhões no segmento cultural e artístico até o final de 2023. Ao menos, é a promessa do Planalto. De qualquer forma, iremos mantê-la no radar com o intuito de não cair no esquecimento e fazer a devida cobrança no futuro, se necessário.

No dia 10 de julho, o Ministério da Cultura (MinC), comandado pela ministra e ex-cantora Margareth Menezes, e a Fundação Nacional das Artes (Funarte) lançaram o projeto “Funarte Retomada: Programas para a Política Nacional das Artes”. Nele, consta mais uma previsão de investimento, desta vez, de R$ 52 milhões. Os destinos serão os setores das Artes Visuais, Dança, Circo, Música e Teatro. Outra importante valorização. E, para finalizar, o MinC, em parceria com um banco, divulgou nesta semana que 132 projetos culturais irão contar com patrocínio e programação mantidos até setembro do próximo ano.

Em setembro de 2020, o Ministério da Economia relatou que as atividades artísticas foram as mais impactadas pela pandemia. Sem dúvidas, um grande baque na economia criativa do país na época. Agora, entretanto, as perspectivas são mais otimistas, mas vale estarmos sempre atentos para que a real valorização à classe seja dada.

Neste dia 12, gostaria de parabenizar a todos os envolvidos com a arte e a cultura do país, e agradecer por manterem acesa a chama da terra de Tarsila do Amaral, Fernanda Montenegro e Vinícius de Moraes, entre outras renomadas figuras.


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895