Entenda o que causa queda de cabelo no período pós-parto

Entenda o que causa queda de cabelo no período pós-parto

Condição é temporária, mas afeta a autoestima de muitas mulheres após a gestação

Correio do Povo

Queda de cabelos também é comum no pós-operatório e no pós-covid, diz médica

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A queda intensa de cabelos é uma condição bem comum no período pós-parto e tem um nome específico na medicina: eflúvio telógeno agudo, que ocorre, principalmente, por mudanças hormonais. A tricologista Patrícia Marques, especialista em medicina capilar, explica que essa situação é comum também no pós-operatório, no pós-covid, durante alguma doença grave ou estresse emocional. “Nesses casos, há liberação intensa do hormônio cortisol, que é o hormônio do estresse, ocasionando a queda de cabelos”, conta.

Luca, o bebê de Claudia Raia, já está com sete meses, mas a atriz e cantora sofre com a queda de cabelos. Nesse caso do pós-parto, o eflúvio telógeno também se dá porque há uma queda severa nos níveis dos hormônios da gestação, principalmente o estrogênio e a progesterona, e essa queda é sentida também de forma brusca pelo organismo, que passa a reagir de diferentes formas.

A boa notícia é que, segundo Patrícia Marques, a condição é temporária. Ela se chama eflúvio porque isso significa queda de pelos, e telógeno porque é uma fase natural de queda. Lembrando que o cabelo também é um tipo de pelo, e o mesmo pode acontecer com pelos corporais nesse quadro. “Existe a fase anágena, que é a de crescimento, a fase catágena, que é a de pausa, e a telógena, que é a de queda, então o cabelo está caindo em um momento específico do ciclo”, explica a médica.

A queda em si ocorre sempre em torno de três meses após o evento estressor e dura algumas semanas de forma intensa. Pode cair cabelo da cabeça toda, mas as partes mais afetadas são a frente e as laterais, ou frontotemporais, onde os fios são mais sensíveis a esse tipo de quadro. São algumas semanas de queda, depois estabiliza, o cabelo volta a crescer, mas, dependendo da pessoa, pode demorar mais ou menos até voltar ao normal.

A condição é fisiológica, portanto normal, não é uma doença, como alguns tipos de alopecia. Mesmo sendo passageira, é desagradável e costuma afetar muito a autoestima de homens e mulheres e, no caso do pós-parto, prejudica ainda mais. “É um momento difícil, de muitas mudanças, e essa alteração capilar ganha um peso ainda maior na vida da mulher que já está passando pelo puerpério”, enfatiza.

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Por ser uma reação fisiológica, não atinge todas as pessoas, e o quadro também pode variar de intensidade. Existem diversos tipos de tratamento, só que no pós-parto, o acompanhamento e o cuidado devem ser maiores, porque a mulher geralmente está amamentando, então, a ajuda profissional é bem importante.

Em casos que não sejam de pós-parto, a liberdade para tratar é bem maior, com medicamentos, suplementação vitamínica, tratamentos tópicos para reduzir a queda e estimular o crescimento, cosméticos adequados e até injetáveis.


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