O show do Pink Floyd deve sempre continuar

O show do Pink Floyd deve sempre continuar

Banda mineira Ummagumma The Brazilian Pink Floyd se apresenta no Teatro Bourbon Country

Chico Izidro

Ummagumma The Brazilian Pink Floyd está em Porto Alegre

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A banda mineira Ummagumma The Brazilian Pink Floyd chega a Porto Alegre neste sábado, 21h, no Teatro Bourbon Country (Tulio de Rose, 80), dando prosseguimento a turnê “The Show Must Go On”. A apresentação integra as celebrações de 20 anos do grupo, criado para homenagear uma das mais importantes bandas da história do rock. O grupo brasileiro foi batizado com o nome do quarto disco de estúdio do Pink Floyd, de 1969.

Surgida em 2002 na mineira Três Pontas, a Ummagumma saiu do papel depois que o guitarrista e vocalista Bruno Morais foi ao show do ex-baixista do Pink Floyd, Roger Waters, em São Paulo. “Fui ao show com a minha mãe e minha irmã em São Paulo e durante a execução de 'Time' pensei que queria muito que meus amigos estivessem ali para viver aquela experiência. Então decidi montar um projeto que, dentro das proporções do que podíamos há 20 anos atrás, pudesse levar um pouco daquela emoção para os fãs de Pink Floyd”, recorda Bruno, que conheceu o trabalho do grupo inglês ainda criança. “Meus pais sempre ouviram muita música internacional, o que desde cedo me fez ter curiosidade com o rock clássico, baladas. Depois da minha primeira banda na adolescência, me aprofundei nas bandas de rock progressivo e não tinha jeito de não ficar vidrado no trabalho do Pink Floyd”, contou.
A Ummagumma é formada pelo fundador Bruno Morais, no vocal, guitarra, violões e direção musical; Marquinho Wayne, baixista e único na banda que está desde a primeira formação; Felipe Batiston nos teclados e Otávio Pieve na bateria. E tem ainda os músicos de apoio Oswaldo Duarte no sax, violão, vocais; Jhonatan Gleyser e Ismael Tiso nas guitarras, e Renata Diniz, Nita Rodrigues e Vivan Peloso nos backing vocals.
E nos shows, toda esta turma reproduz os arranjos originais dos clássicos do Pink Floyd, com as apresentações acompanhadas de iluminação especial e cenário, efeitos visuais e até o telão redondo ao melhor estilo floydiano. “O objetivo é despertar na plateia uma 'experiência multissensorial', destaca Bruno. Mas ele ressalta que no momento, “o cenário para a cultura hoje no Brasil não é dos melhores. Estamos vindo de uma recuperação pós-pandemia que afetou demais todo o mercado”, lamenta.
“A Ummagumma tem uma produção maior do que uma simples banda de rock: além dos muitos músicos no palco, temos as equipes de som, iluminação, projeção, cenografia, roadies, produção executiva, assessoria de imprensa, quer dizer, é uma cadeia muito grande de profissionais para que o show aconteça”, destaca. Bruno diz não ter uma música preferida do Pink Floyd, mas "Echoes" (do disco Meddle, 1972) tem um lugar muito especial, mas não saberia dizer se gosto mais dela do que das outras”, afirma. Já a banda gosta muito de executar o álbum "The Dark Side of The Moon" na íntegra. E há algum tempo, alguns shows contaram com a cantora Lorelei McBroom, que foi backing vocal do Pink Floyd no final dos anos 1980, durante a turnê “Delicate Sound of Thunder”, junto da sua irmã Durga McBroom, que acompanhou o o grupo inglês até turnê do “Pulse”, em meados dos anos 1990. “Levamos um susto enorme quando Lorelei entrou em contato com a gente, através das nossas redes sociais. Ficamos muito lisonjeados, porque ela integra um dos principais tributos ao Pink Floyd do mundo, "The Australian Pink Floyd" e entrou em contato com a gente por considerar o nosso trabalho muito bom e esteticamente primoroso”, relembra. “Recebê-la no Brasil foi incrível. A participação dela na banda mexeu muito com todos nós. Aprendemos demais com ela! Podemos dizer que a história da banda tem um antes e depois da Lorelei”, comemora.
No sábado, para quem é fã do Pink Floyd, assistir ao Ummagumma é uma bela oportunidade. No repertório, a banda promete um passeio pelos principais álbuns do grupo. “Bora encher o Teatro Bourbon, galera”, pediu Bruno.


Correio do Povo
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