Olimpíada
Poeta Luiz Coronel trata do inicio do jogos olímpicos na artesania de seus bem traçados versos

publicidade
Sejam bem-vindos atletas
à maratona do tempo.
Aos céleres, medalhas d’ouro,
parcos diplomas, aos lentos.
Com medalha cintilante
fez-se solene outorga
ao menino recordista
no empinar de pandorgas.
Giram, brilham as medalhas,
gira o mundo por você.
Giram arcos na cintura,
medalhas ao bambolê.
Uma constelação de bólidos
colide no chão, amiúde
aos saltar do polegar
ágeis bolinhas de gude.
Mocinhas de corpo esbelto
fazem tudo por vencer
no trapézio de cambalhotas
que se tem no bilboquê.
Muitos infantes atletas
competem, salto à distância,
e tombam leves, flutuantes
no mais tenro chão da infância.