Guerra de narrativas envolvem majoração do ICMS no RS
Leite, que mudou o discurso, alega reflexos da Reforma Tributária. Oposição e entidades temem desvantagem competitiva

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Como previsto, foram inúmeros os movimentos, de setores distintos, ao longo desta segunda-feira, em função do projeto do Executivo que visa a majoração da alíquota básica do ICMS de 17% para 19,5%. As críticas são muitas e deixam lado a lado partidos antagônicos, como PT e PL, e também entidades de setores do comércio e empresariais. As investidas passam pela mudança na postura e no discurso do governador Eduardo Leite (PSDB), segundo ele, devido à imposição de reflexos da Reforma Tributária.
“Não são temas confortáveis. Imposto nunca é simpático, mas antipático. Temos responsabilidade com o Estado. Os próximos cinco anos de arrecadação, que servirão de média para o IBS, por decisão do Congresso, irão selar nosso destino por mais 50 anos”, disse Leite, durante evento da área da segurança.
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Além das preocupações com o impacto da iniciativa, que terá de passar pelo aval do plenário da Assembleia, no que promete ser o maior desafio da gestão Leite até aqui, os desdobramentos considerando a capacidade de competitividade do RS marcam o cenário.
Segundo o líder da bancada do PL na Assembleia, Rodrigo Lorenzoni, caso o Estado amplie a alíquota básica, ficará em ampla desvantagem em relação a Santa Catarina, que manterá o índice em 17%, e também em comparação ao Paraná, cuja nova alíquota foi ampliada para 19% a partir de abril deste ano.