Com 35 anos de fundação, completados no último domingo, o PSDB enfrenta o que, talvez, seja sua maior crise. Partido que por anos protagonizou os maiores embates na polarização com o PT em torno da disputa pela presidência da República, o PSDB saiu das últimas eleições gerais um nanico.
O primeiro baque significativo aconteceu na disputa de 2018, quando o PSDB foi a principal vítima do fenômeno Jair Bolsonaro. Na época, o então candidato tucano Geraldo Alckmin, hoje vice-presidente da República pelo PSB, conquistou apenas 4,64%, em um desempenho pífio.
De lá para cá, a situação só piorou e, em 2022, o PSDB, pela primeira vez em sua história, abriu mão da cabeça de chapa para apoiar Simone Tebet (MDB), após rifar João Doria, que havia sido escolhido representante em tumultuadas prévias, disputadas também por Eduardo Leite.
O governador gaúcho assumiu então a presidência nacional do partido com o desafio de levar o PSDB de volta à posição de relevância. Dividido entre as agendas do Piratini e de dirigente partidário, Leite vem realizando encontros com os diretórios estaduais para ouvir as demandas regionais.
“Lutamos não para ganhar no dia seguinte, mas para criar um futuro de alternativas”(FHC). PSDB, 35 anos hoje!
— Eduardo Leite (@EduardoLeite_) June 25, 2023
Uma consultoria também foi contratada para apresentar diagnóstico sobre a situação do partido. Leite não esconde que segue apostando em trajetória nacional e que está em seus planos disputar o Planalto em 2026. Até lá, no entanto, há muitas variáveis que pesarão e que precisam ser observadas.
Entre elas, além do êxito ou fracasso no comando do PSDB e na tarefa de viabilizar o partido, o desempenho de Leite, primeiro governador reeleito do Rio Grande do Sul, no Executivo, servirá de vitrine.
Para o bem ou para o mal.