O Churrasco
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Antigamente, era galopar.
Do suor da montaria,
saía o sal, para salgar.
A lo largo, o churrasco:
chão de brasas, e o espeto,
límpida lança assando
a carne a preceito.
O carvão, noite escura
com pendores para aurora.
A canha pura e o mate
de mão em mão pela volta.
A carne, prisioneira
na grelha, se liberta
pra se acostar
entre nacos de pão.
A farinha, temperada.
A picanha é uma medalha
condecorando o assador.
A costela, a maminha
e o vinho tinto,
rubra rosa, sobre a mesa.
Afiam-se as facas, e os pratos
são a lua nova nas nuvens
das brancas toalhas.
O churrasco, a bem dizer,
é bem mais que refeição.
Ele faz do amigo um irmão.