Inteligência Artificial
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A Inteligência Artificial
poderia ser mais natural,
qual as árvores crescem,
as crianças nascem,
pássaros voam no pantanal.
É trágica e cômica
a forma que ela usa
e abusa de suas credenciais
eletrônicas.
Senhora das tecnologias,
invade nossas casas
sem pedir licença,
nem ao menos dá “bom dia!”
E nos dispensa,
faz conferências, cirurgias
num toque de magia.
Compõe a música que canto,
o poema que leio,
as ideias que tenho,
esse reciclado esperanto.
Grávidos de interrogações,
apunhalados por exclamações,
não percebemos que tudo
não passa de vírgulas.
Mas, lá no fundo do invento,
permitam o aparte:
há Gengis Khan e Bonaparte,
Einstein e Calígula.