O calcanhar de Aquiles de Lula

O calcanhar de Aquiles de Lula

Presidente voltou a citar a necessidade de rever a autonomia do Banco Central. Mercado não reagiu bem

Mauren Xavier (interina)

Coube ao ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, amenizar os ânimos

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Chegando a quase 40 dias de governo, o presidente Lula (PT) e o mercado ainda não fizeram as pazes. Ao contrário, o clima parece cada vez mais acirrado, diante de uma sucessão de declarações e reações. Enquanto que o entorno tenta atuar como bombeiro para amenizar a temperatura, o duelo permanece e até aqui tem sido o calcanhar de Aquiles de Lula.

Enquanto que os atos antidemocráticos de 8 de janeiro acabaram por dar um certo conforto a Lula, fazendo com que as instituições estivessem mais unidas, o que ficou evidente em muitas manifestações no dia de ontem, a questão econômica tem gerado a maior das tensões. E isso não é nenhuma novidade. O último case tem sido a autonomia do Banco Central. Em entrevistas, Lula reiteradamente fez críticas à condução do BC em função das taxas de juros e citou a necessidade de rever a autonomia do BC.

Neste caso, o bombeiro foi o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, que para diminuir a tensão, afirmou não haver nenhuma proposta do governo para rever a autonomia do órgão. “A temperatura está alta lá fora. Aqui em Brasília está quente, o resto é um debate”, afirmou Padilha. Novamente, é um episódio de muitas discussões e trocas de farpas, a maioria nos bastidores, e o tempo segue passando.


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