Saiba quais serão os desafios dos próximos deputados gaúchos
Nova composição da Assembleia Legislativa toma posse nessa terça-feira
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Com a chegada de 24 novos deputados, a nova legislatura da Assembleia Legislativa, que toma posse na tarde desta terça-feira, terá que enfrentar, pelo menos, dois desafios antigos. O primeiro é sobre a educação, temática que foi elencada pelo governador Eduardo Leite (PSDB) como bandeira do Executivo, mas também pelo novo presidente do Legislativo, Vilmar Zanchin (MDB), como prioridade. Porém, a questão central é conseguir efetivamente superar o discurso. Que a educação é importante e que os seus desafios e problemas não são recentes, zero surpresa. Os questionamentos são o que fazer e como fazer? O resto, infelizmente, é apenas discurso.
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O outro ponto é bem mais complexo. A gestão do IPE Saúde já esteve em pauta em outros anos, inclusive no ano passado, diante da delicada situação financeira. Pelas discussões ainda internas de integrantes do governo do Estado o caminho passa pelo possível aumento das alíquotas dos beneficiários. Zanchin, em entrevista exclusiva ao Correio do Povo, já adiantou que o assunto deve gerar discussões mais intensas. A redução de pautas polêmicas por parte do Executivo, como as reformas, também abre espaço e visibilidade aos deputados marcarem presença em outras discussões sobre os problemas do Rio Grande do Sul.
Em tempo: mesmo deixando a presidência da Assembleia, Valdeci Oliveira (PT) deverá permanecer na Mesa Diretora da Casa. O partido o indicou para a segunda vice-presidência. O PT assumirá o comando do Legislativo novamente em 2025, com o deputado Pepe Vargas.
Base menor para Leite
A nova Legislatura traz importantes modificações na sua composição política. A mais emblemática é nível de apoio ao governo. Efetivamente, o governo conseguiu consolidar o apoio de 30 deputados, sendo que um deles é Vilmar Zanchin (MDB), que não vota.
Tirando a oposição, com 14 deputados, o Executivo terá que dedicar atenção às negociações com o grupo dos independentes, formado basicamente pelos cinco integrantes do PL, cinco do Republicanos e um do Novo, para conseguir quórum necessário para aprovar uma proposta de emenda à Constituição (PEC), quando são necessários, no mínimo, 33 votos.
É verdade que as reformas mais complexas, como a previdenciária e a administrativa, já foram realizadas pelo Executivo na primeira gestão.
Em tempo: o governo do Estado pretende reunir a base, com a posse oficial da nova legislatura, para apresentar os secretários e detalhar as prioridades da gestão.