Com acenos, Lula tenta atrair governadores

Com acenos, Lula tenta atrair governadores

Em reunião, presidente buscou reduzir críticas em relação a queda da arrecadação do ICMS

Mauren Xavier (Interina)

Após reunião, alguns governadores almoçaram com o presidente Lula

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Com o discurso de que as portas do Planalto estarão abertas a todos os governadores independente do partido e de que faz questão de visitá-los em seus gabinetes quando estiver nos seus estados, o presidente Lula tenta firmar um novo pacto político no país, após os quatro anos da gestão de Jair Bolsonaro. O movimento do petista pode ser compreendido de algumas formas.

Ao ganhar a adesão e o compromisso dos governadores, mesmo daqueles que têm posição política oposta, consegue blindar o governo contra novas manifestações e ataques, como os que ocorreram no dia 8 de janeiro de 2023, aos prédios dos Três Poderes. Lula também tenta diminuir a pressão e as críticas ao governo, como no caso da compensação da queda da arrecadação dos estados. Porém, sem um aceno prático, a onda pode mudar e a pressão aumentar rapidamente, uma vez que as cifras das perdas só aumentam.

Ao mesmo tempo, não se pode ignorar que muitos desses mesmos governadores também têm as suas próprias aspirações políticas e, em alguns casos, miram a sucessão presidencial em 2026. Pode-se citar aqui o caso do governador paulista, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que recebeu parte do espólio deixado por Bolsonaro, e o governador gaúcho, Eduardo Leite (PSDB), que após a tentativa frustrada da eleição passada, parece estar mais fardado do que nunca para se consolidar como uma liderança nacional. 

 


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