Troca no Exército por Lula marca tentativa de realinhamento nas relações
A dúvida é se a mudança será suficiente para restabelecer as relações
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Duas semanas após os ataques de 8 de janeiro e um dia após o encontro com a cúpula das Forças Armadas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) promoveu troca no comando do Exército. Saiu o general Júlio César de Arruda e entrou o general Tomás Miguel Ribeiro Paiva.
Era evidente que as Forças Armadas seriam uma das áreas mais sensíveis e delicadas que o atual presidente teria que lidar, após quatro do governo de Jair Bolsonaro e sua estreita relação com os militares. E isso ficou em evidência no dia 8 de janeiro, nos ataques aos prédios dos Três Poderes.
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Se nos bastidores havia apreensão de realizar a mudança no Exército, o que poderia jogar mais gasolina na crise, na prática, a medida não encerra o impasse entre Lula e as Forças Armadas, mas marca sim um realinhamento nas relações. Um exemplo é o fato de o general Tomás Miguel Ribeiro Paiva ter sido o primeiro a se pronunciar sobre os ataques, na sexta-feira passada, e defender os resultados das urnas.
Agora, se a mudança servirá para restabelecer e normalizar as relações, somente os próximos capítulos dirão.