Neutralidade de Leite é calculada

Neutralidade de Leite é calculada

Candidato ao governo do RS informou que não abrirá voto a nenhum candidato à presidência no segundo turno

Taline Oppitz

Leite ainda ampliou as críticas ao seu adversário, Onyx Lorenozni

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Nenhuma surpresa no anúncio do candidato do PSDB ao governo gaúcho, de neutralidade em relação à disputa presidencial entre Jair Bolsonaro (PL) e Lula (PT). Em sua manifestação, Leite afirmou que, como cidadão, irá votar no dia 30, mas que, como agente público, não fará parte da polarização que divide o país e o Rio Grande do Sul. “A neutralidade não significa que estou em cima do muro, mas que não quero muros dividindo o Estado”, disse.

A estratégia de não se posicionar em relação à corrida presidencial tem o objetivo de buscar votos entre eleitores mais moderados de Bolsonaro e de Lula. Como a esquerda ficou de fora da disputa mais uma vez, a análise, de ala dos partidos, é a de que Leite representa ameaça menor às bandeiras da esquerda do que o projeto de Onyx Lorenzoni (PL), completamente alinhado a Jair Bolsonaro.

Na prática, a neutralidade ou qualquer apoio manifestado viriam atrelados de desgastes. No ato, Leite, que conversou por telefone com Edegar Pretto (PT), ampliou o tom de ataques a Onyx. O tucano, aguarda agora novos movimentos partidários. Na terça-feira, ele se reunirá mais uma vez com o comando do PDT. Em reunião da executiva ampliada, quinta-feira, foi definido que os trabalhistas podem vir a indicar voto em Leite, desde que alguns pedidos sejam atendidos. Entre eles, a não privatização do Banrisul.

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Já no PCdoB, o tema não está em estágio tão avançado. O presidente estadual Juliano Roso, no entanto, afirmou que a neutralidade anunciada por Leite em relação à disputa presidencial, para ele, não representa um problema. 


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