Segundo turno desafiador para Lula e Bolsonaro

Segundo turno desafiador para Lula e Bolsonaro

Campanhas terão de ser readequadas e os próximos movimentos serão decisivos

Taline Opptiz

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O dia seguinte à eleição mais polarizada e surpreendente do período recente foi marcado pela análise dos estrategistas das coligações e de seus candidatos nacionalmente e também regionais. Em 12 estados, a eleição para governador terá desfecho conhecido no segundo turno, em 30 de outubro. Em outros 14 estados e no Distrito Federal as disputas foram encerradas no primeiro turno, neste domingo.

A partir de agora, os eleitos dedicarão maior atenção à corrida presidencial. As estratégias de campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) e de Lula (PT) terão de ser readequadas, mesmo que os dois já tenham protagonizado a primeira etapa da disputa praticamente como se fossem os únicos candidatos. O segundo turno, no entanto, forçará novos movimentos de ambos. As estatísticas mostram que no Brasil um presidente da República nunca perdeu a briga pela reeleição, o que favoreceria Bolsonaro. Outra, no entanto, mostra que os candidatos que acabam o primeiro turno em primeiro lugar nas disputas ao Planalto, seguem na mesma posição na segunda etapa da disputa, o que representaria vantagem de Lula. Estatísticas à parte, Lula garantiu vantagem de cerca de 6 milhões de votos. Apesar de ser representativa, ficou bem abaixo do esperado. Bolsonaro é o atual presidente. E este fato pesa. E muito. Ambos têm mais que eleitores cativos. Eles têm fãs.

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A partir de agora, os próximos movimentos serão decisivos, junto aos eleitores dos demais candidatos, cujas posições são importantes, mas não representam garantia de migração imediata de votos. Outros setores também entram em cena neste momento de forma mais incisiva, especialmente nos bastidores. Entre eles, o empresarial e o setor financeiro, acostumados a dar as cartas. O resultado do segundo turno nacionalmente é marcado por grande incógnita. A única certeza é a de que o tom, as críticas e investidas tendem a ser ampliados e as propostas para áreas essenciais, mais uma vez, serão escanteadas. 


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