Disputa ao Palácio Piratini: caciques do MDB elevam a pressão

Disputa ao Palácio Piratini: caciques do MDB elevam a pressão

Documento do presidente nacional do partido reforça apoio ao PSDB

Taline Oppitz

Gabriel Souza, pré-candidato ao Piratini, se encontrou com Baleia Rossi, presidente do partido, em junho

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O presidente nacional do MDB, Baleia Rossi, em mais um movimento de pressão, encaminhou hoje ofício ao presidente estadual, Fábio Branco, reforçando a decisão da executiva nacional, aprovada em 29 de junho, por unanimidade, de apoio ao PSDB no Rio Grande do Sul. O primeiro movimento da cúpula nacional foi um ato político. Este, foi além e está sendo interpretado como um aviso jurídico do que virá pela frente no caso de desobediência em solo gaúcho.

Ao reforçar, de forma clara, a decisão da cúpula, Baleia Rossi afirmou que a "iniciativa coaduna com histórico recente dos três partidos que estiveram juntos, democraticamente e estrategicamente, em alianças que demonstraram resultados positivos no governo do Rio Grande do Sul e no Congresso Nacional. O povo brasileiro e o povo gaúcho carecem de uma alternativa à violenta polarização, que tem vitimado a maior conquista que o MDB construiu em seus 56 anos de história: a Democracia e o Estado Democrático de Direito. Juntos no Brasil e no Rio Grande do Sul, o MDB, o PSDB e o Cidadania lançarão a Senadora Simone Tebet (MS) como representante do Centro Democrático em condições para defender os valores que sempre acreditamos. Contamos com a colaboração do MDB-RS para que o partido e as forças verdadeiramente democráticas saiam mais fortalecidas e reconhecidas pelo povo tanto em âmbito estadual quanto em âmbito nacional”.

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Os dirigentes do MDB no Estado, que já consideravam a novela encerrada, subestimaram o andar de cima.

Confira o documento na íntegra: 
 

 

Segue a novela 
Horas antes de o ofício da cúpula nacional chegar por aqui, lideranças e dirigentes do MDB gaúcho avaliavam que, com o cancelamento da reunião do diretório estadual e a definição, por decisão da executiva, ficando para a convenção, em 31 de julho, o partido havia sepultado a possibilidade de apoio ao PSDB. Cezar Schirmer, que ameaçava colocar seu nome à disposição para impedir qualquer chance de recuo do protagonismo, chegou a tirar o time de campo.

Em nota, Schirmer afirmou que nos últimos meses, o MDB viveu momentos de preocupação e desconfiança, mas que agora dá sua modesta participação por encerrada “Desejo que o MDB se fortaleça e se una cada vez mais e que Gabriel Souza faça uma campanha afirmativa, inovadora e diferenciada”, diz trecho da nota. Ledo engano. Os tucanos, aliás, bateram o martelo e decidiram realizar sua convenção também no dia 31, mesma data escolhida para o ato do MDB. 

Em tempo: Schirmer não acredita que a cúpula nacional do MDB irá cortar recursos para o partido no Estado. “Representaria uma chantagem inaceitável”. 


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