Impasses nas articulações da terceira via incomodam líderes partidários
Reunião na próxima semana deve definir se haverá, ou não, candidatura única
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A chamada terceira via nem mesmo saiu do papel e já começa a fazer água. Cotado para integrar uma dobradinha com Simone Tebet (MDB), Luciano Bivar, presidente nacional do União Brasil, veio a público reclamar da demora na definição da aliança e de um candidato único que envolveria ainda o PSDB e o Cidadania, que estão em uma federação. Os partidos haviam divulgado nota sustentando que o escolhido seria anunciado no dia 18.
Em função dos impasses, protagonizados especialmente pelo PSDB, uma reunião foi marcada para o dia 4. “Na reunião vamos decidir se iremos querer uma candidatura única ou não. A cada vez criam um imbróglio para retardar a decisão e o tempo urge. O União Brasil não pode ficar mais a reboque de querelas ou grupos que não querem chegar a lugar nenhum”, disse Bivar.
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As idas e vindas envolvendo o PSDB, com a pré-candidatura de João Doria, que não decola em função dos altos índices de rejeição, a insistência do paulista em permanecer no páreo, e, até recentemente, os movimentos paralelos e equivocados de Eduardo Leite, definitivamente embolaram o meio de campo. Não bastasse a indefinição sobre a aliança em torno de uma terceira via na sucessão presidencial, o cenário nacional tem impacto direto no mapa eleitoral do Rio Grande do Sul.
Leite, que teria dado sinais de que poderia concorrer ao Palácio Piratini, após ver fracassado, ao menos por ora, seu plano de integrar chapa ao Palácio do Planalto, agora afirma que não será candidato. A falta de um desfecho em relação a seu papel nas eleições deste ano está esnucando partidos como o próprio PSDB por aqui e também o MDB, que lançou Gabriel Souza.