Estratégia tucana para a Presidência da República segue em prática
Em possível aliança com outros partidos, como MDB e União Brasil, resultado das prévias pode ser questionado
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O movimento realizado pelo governador de São Paulo, João Doria, recentemente, que colocou em risco os planos tucanos para sua sucessão e forçou a cúpula do partido a divulgar nota sustentando que o resultado das prévias, vencidas por ele, seria respeitado, teve efeito momentâneo. Dirigentes do União Brasil, MDB, PSDB e Cidadania se reuniram nesta quarta-feira para discutir a possibilidade de aliança ainda no primeiro turno da disputa presidencial. A coluna havia antecipado a informação na edição de terça-feira.
Após o encontro, foi divulgada nota sustentando que em 18 de maio será anunciado, pelos partidos, o nome do "candidato de consenso" para a eleição ao Palácio do Planalto. O que está ocorrendo, na prática, é a articulação original orquestrada pela cúpula tucana com o auxílio de partidos classificados como potenciais aliados. A tática passa por dividir a responsabilidade da decisão sobre representante na corrida ao governo federal com parceiros, que não permanecerão nesta condição caso não sejam ouvidos.
O cenário começou a se desenhar com a vitória de Doria nas prévias e, posteriormente, seus índices pífios nas pesquisas de intenções de voto. A maior preocupação, no entanto, são os altos percentuais de rejeição do governador de São Paulo, que impediriam seu crescimento e a viabilidade de uma terceira via para romper a polarização entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e Lula (PT).
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A nota divulgada diz ainda que o União Brasil, que recentemente recebeu a filiação de Sergio Moro, divulgará no próximo dia 14 um nome para ser submetido à apreciação dos partidos. Nesta quarta-feira, Eduardo Leite, que nunca esteve fora do páreo, se reuniu com a pré-candidata do MDB ao Planalto, Simone Tebet. “No momento certo, os partidos vão entender, sob a liderança de seus presidentes, quem irá capitanear esse projeto”, disse Leite.