As escolhas de Leite
Decisões do governador devem ter grande impacto no cenário eleitoral
publicidade
Nos próximos dias, o governador Eduardo Leite (PSDB) terá que fazer algumas escolhas que definirão o seu destino político. O chamamento de lideranças do PSDB para que ele concorra à reeleição, no sábado, é apenas a ponta de um iceberg no contexto político. Em seu discurso, Leite falou sobre como dizer que não concorreria a reeleição foi importante para conseguir o apoio da base e aprovar projetos complexos. E isso é verdade. Afinal, porque um partido ajudaria (e amargaria desgastes) para apoiar um governo que não é seu.
Assim, ao mudar de posição e disputar a reeleição, terá que mudar a narrativa. E, nesse ponto, o discurso está pronto: o fato de que ele deve permanecer por ter o melhor perfil, além de o seu governo apresentar bons índices de aprovação nas pesquisas internas. “Tenho uma convicção sobre a reeleição que já é conhecida. Mas também tenho a convicção de que o Estado não pode se perder e que tem que se garantir a manutenção desse legado”, afirmou à coluna, após o evento.
Mas essa escolha também impactará outros partidos, como o caso do MDB, que, até o momento, ainda não definiu o seu rumo na eleição deste ano ao Piratini, mas almeja indicar a cabeça de chapa. Enquanto isso, o PSDB deixou bem claro, por meio de suas lideranças, que não pode abrir mão de indicar o nome de governador. Esse discurso vai na contramão do que Leite defende, que os partidos devem discutir juntos qual o melhor nome para levar o “legado” do governo. Será que há espaço para acomodar tantas vontades?
Outra escolha do governador é em relação a permanecer no partido. Ele foi enfático ao dizer que “não pretendo sair do PSDB”.