Auxilio Brasil chega ao Congresso, mas polêmica segue

Auxilio Brasil chega ao Congresso, mas polêmica segue

Projeto encontra resistência entre governistas, mas deverá receber apoio da oposição

Taline Oppitz

Deputados gaúchos avaliariam o projeto do governo

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Após dois dias turbulentos na última semana, o Planalto enviou ao Congresso Nacional o projeto do Auxílio Brasil, que substituirá o Bolsa Família a partir de novembro. O texto abre crédito especial no Orçamento da Seguridade Social da União. Segundo a proposta, haverá remanejamento do saldo do Bolsa Família para o novo programa no valor de R$ 9,3 bilhões, que ficará à disposição do Ministério da Cidadania. A verba está prevista no Orçamento e, segundo o governo, está de acordo com as normas constitucionais e infraconstitucionais”.

A iniciativa, que representa na prática a vitória da ala política na queda de braço com a área econômica, no entanto, ainda não está bem clara e vem gerando dúvidas e questionamentos de parlamentares, inclusive da base aliada do presidente Jair Bolsonaro. Segundo o deputado federal gaúcho Bibo Nunes (PSL), alinhadíssimo ao presidente, não há chance dele votar a favor de uma proposta que represente o furo do teto de gastos. “Não voto nem nunca votarei nada neste sentido. Por coerência”, disse, em entrevista ao programa ‘Esfera Pública’, da Rádio Guaíba. Bibo deixará o PSL para acompanhar Bolsonaro em seu próximo partido.

Já o gaúcho Pompeo de Mattos (PDT) criticou a linha econômica do governo, mas disse que votará a favor do Auxílio Brasil, pois há pessoas passando fome no país. Jerônimo Goergen (PP) reconheceu que o programa é necessário, mas destacou que a medida terá impacto na inflação e nos juros e que o valor previsto pelo Planalto será reduzido a menos da metade devido a perda do poder de compra em função do cenário da economia. 


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