Veto dos honorários era desfecho previsto

Veto dos honorários era desfecho previsto

Com a derrubada do veto, PGE poderá recorrer a outras instâncias, incluindo o STF, para manter o benefício

Taline Oppitz

Fábio Ostermann (Novo), um dos autores da emenda, em conversa com o líder do governo Frederico Antunes (PP)

publicidade

A derrubada, pelo plenário da Assembleia, do veto do governador Eduardo Leite (PSDB) à emenda que extingue o pagamento dos honorários de sucumbência não foi nenhuma surpresa. Antes mesmo da votação, articuladores do governo já reconheciam a derrota, mesmo com procuradores acompanhando a votação. O motivo para o desfecho é simples. Nem mesmo aliados do governo estão convencidos de que os pagamentos poderiam ocorrer sem a aprovação de uma lei estadual específica. Na prática, a avaliação é a de que a regulamentação, realizada pela Procuradoria-Geral do Estado, retira prerrogativas exclusivas do Legislativo.

A emenda havia sido aprovada por maioria, em plenário, em julho, e posteriormente foi vetada pelo Executivo. Além dos deputados do Novo, Giuseppe Riesgo e Fábio Ostermann, a emenda também foi assinada por Sérgio Turra e Marcus Vinicius Almeida, do PP, Any Ortiz (Cidadania) e Elton Weber (PSB). Todos aliados do Piratini. Os honorários de sucumbência são pagos aos procuradores pela parte vencida nos processos ganhos pelo Estado.

Segundo o procurador-geral do Estado, Eduardo Cunha da Costa, a PGE “mantém a convicção jurídica acerca da inconstitucionalidade da norma, que decorre de emenda parlamentar em projeto de lei de iniciativa privativa do governador que tratava de outra matéria, o que contraria diversos precedentes do STF”. Segundo o procurador, agora a PGE irá aguardar a publicação da lei pela Assembleia para avaliar eventuais próximos passos, que podem ocorrer junto ao Tribunal de Justiça ou ao Supremo.

Veja Também


Mais Lidas

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895