Saneamento: Leite entra em campo para reduzir resistências

Saneamento: Leite entra em campo para reduzir resistências

Retirada do regime de urgência da matéria relativa aos municípios atendidos pela Corsan se torna uma opção

Taline Oppitz

Leite é o pré-candidato do PSDB

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Como de costume, o governador Eduardo Leite (PSDB) entrou em campo pessoalmente nas negociações envolvendo as insatisfações e críticas de prefeitos contra os projetos de regionalização do saneamento e o programa Assistir, que muda as regras de distribuição de recursos da saúde, estabelecido por meio de decreto. As angústias dos agentes municipais têm reverberado na Assembleia.

Na última terça-feira, sem alarde, Leite recebeu cerca de 30 deputados da base aliada para jantar no Galpão Crioulo do Piratini. Na pauta, os planos do governo que enfrentam obstáculos. Estavam presentes também o vice e secretário de Segurança Pública, Ranolfo Vieira Júnior, além de outros integrantes do primeiro escalão. Paralelamente, Leite está atuando também diretamente junto aos agentes municipais.

O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), que comanda a Granpal, e os demais integrantes da associação, foram chamados nesta quarta-feira para um encontro no Piratini na próxima segunda-feira, às 14h. Além dos projetos de regionalização do saneamento, estarão na pauta a privatização da Corsan e o programa Assistir, que desagradou diversos municípios. No caso dos integrantes da Granpal, serão R$ 67 milhões a menos de acordo com os novos critérios estabelecidos pelo governo do Estado. A maioria das cidades gaúchas, no entanto, terá os valores ampliados. Em função das insatisfações de ala de prefeitos, não está descartado que Leite mude alguns itens do programa, para atender as reivindicações. Entre eles, os relativos à traumatologia e obstetrícia. 

Estratégias

Pelo andar das articulações, o governo tentará votar os projetos de regionalização e a privatização da Corsan na próxima semana. A venda da companhia, no entanto, está na lista de votações, na frente dos demais. A energia política será priorizada na privatização. Após a aprovação - o governo acredita ter os votos necessários - se for necessário, o quórum será retirado. Os textos do saneamento, então, ficarão para depois, provavelmente dia 14. Caso as resistências se mantenham, o regime de urgência será retirado da matéria relativa aos municípios atendidos pela Corsan. 


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