Governo pode ceder na regionalização e focar na Corsan

Governo pode ceder na regionalização e focar na Corsan

Prefeitos têm apresentado ressalvas e, como estão, o projeto corre o risco de não passar pelo plenário

Taline Oppitz

Governo considera retirar a urgência do texto da regionalização e centralizar os esforços na privatização da Corsan

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A apresentação de proposta alternativa, pelo presidente da Assembleia, aos textos de autoria do governo gaúcho, de regionalização do saneamento, que são alvos de críticas e dúvidas de prefeitos, pode ser a chance de o Executivo avançar no tema. Como estão, os projetos não passam pelo plenário. Primeiro a se manifestar publicamente, o prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), já avisou que, caso não sejam realizadas modificações ao projeto original, a Capital não irá aderir.

Entre as alterações sugeridas por Gabriel Souza (MDB) estão a formulação de um sistema de governança integrada e a divisão em dois blocos, um para municípios atendidos pela Corsan e outro para os que contam com departamentos autônomos, e não quatro, como estabelecem as matérias originais. O projeto relativo às cidades atendidas pela Corsan tramita em regime de urgência e passa a trancar a pauta, assim como o texto de privatização da companhia, na próxima semana.

Até segunda-feira à noite, o Executivo resiste em retirar o regime de urgência. A alternativa, então, seria a apresentação de substitutivo integrado pelas mudanças propostas por Gabriel Souza, que atendem em parte as exigências dos agentes municipais. Ontem, no entanto, outro plano entrou em cena e começou a ser discutido no núcleo do governo. O de retirar a urgência do texto relativo aos municípios atendidos pela Corsan e centralizar os esforços, neste momento, na matéria de privatização da companhia. Mesmo que o governo insista nas votações, deputados têm como adiar a análise, mesmo sem aval do Piratini, retirando o quórum, por exemplo. 


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