MPC quer fiscalização mais rigorosa em Porto Alegre

MPC quer fiscalização mais rigorosa em Porto Alegre

Representação foi entregue ao TCE

TALINE OPPITZ

MPC quer fiscalização mais rigorosa em Porto Alegre

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O procurador-geral do Ministério Público de Contas, Geraldo da Camino, reforçou ao Tribunal de Contas do Estado pedido de cautelar para determinar a aplicação de penalidades previstas no decreto estadual em relação à fiscalização das medidas contra a Covid-19. No ofício, o alvo “particular” é Porto Alegre. Segundo Da Camino, já houve emissão de alerta aos gestores municipais sobre as medidas de prevenção e combate à disseminação do vírus, considerando suas responsabilidades.

O Procurador-geral do MPC destaca que a partir de então houve agravamento da situação sanitária, que culminou com a insuficiência de leitos hospitalares para atender à demanda e que “embora a fase aguda pareça ter sido superada, o atual cenário exige que as cautelas preventivas sejam mantidas, incluindo o fundamental papel de fiscalização sobre a observância dos protocolos”.

No ofício, que já está com o conselheiro relator do tema na Corte, Alexandre Postal, Da Camino destaca pontos dos decretos estaduais em vigência, entre eles, a de que constitui crime infringir determinação do Poder Público destinada a impedir introdução ou propagação de doença contagiosa e que as autoridades deverão adotar as providências cabíveis para a punição, cível, administrativa e criminal, bem como para a prisão, em flagrante, quando for o caso.

O documento menciona ainda a postura do prefeito da Capital, Sebastião Melo (MDB), que vem relativizando determinações dos decretos, como uso de máscaras. No último sábado, durante a motociata com o presidente Jair Bolsonaro, na Capital, a maioria dos integrantes não usou a proteção. A prefeitura havia avisado, de antemão, que não iria aplicar multas. O episódio não foi citado na representação do MPC, mas o recado foi dado. 


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