Adiamento estratégico

Adiamento estratégico

Objetivo do Piratini é garantir maior aceitação ao novo modelo de distanciamento, enquanto isso, críticas persistem

Taline Oppitz

Chefe da Casa Civil defende que, apesar das mudanças, o antigo modelo era baseado em indicadores e dados

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O governador Eduardo Leite (PSDB) adiou do dia 10 para o dia 15 a vigência do novo modelo de Distanciamento. Até lá, o Rio Grande do Sul permanecerá integralmente pintado de vermelho e sem a cogestão. A decisão do Executivo visa ampliar o prazo para as discussões em torno do modelo a ser lançado e minimizar as investidas contra as iniciativas. Não é de hoje que o Piratini enfrenta críticas, especialmente de prefeitos, que sustentam não serem suficientemente ouvidos. 

Uma primeira reunião com agentes municipais e líderes das bancadas da Assembleia ocorreu na terça-feira. Após o encontro, mais uma vez, um dos principais críticos sobre a falta de diálogo, o prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), afirmou que os municípios querem cooperar, mas que um prato feito não pode ser apresentado. Uma nova reunião, virtual, com prefeitos e deputados já está marcada para hoje.No sábado, ocorrerão dois encontros, com especialistas em saúde e com representantes dos setores produtivos. Até a próxima terça-feira, sugestões podem ser encaminhadas ao Gabinete de Crise.

Segundo o chefe da Casa Civil, Artur Lemos, a intenção do governo é a de viabilizar um modelo que seja compreendido pela sociedade e que garanta maior contribuição dos prefeitos. Sobre o modelo de Distanciamento Controlado, utilizado desde o início da pandemia, Lemos disse discordar parcialmente das avaliações de que a ferramenta perdeu a credibilidade e foi colocada em xeque com as inúmeras alterações promovidas ao longo de sua vigência.

“Foram 11 alterações em 12 meses. Discordo parcialmente de que o modelo caiu em descrédito. De fato, alguns desacreditaram do distanciamento, mas as decisões, que sim, foram também políticas, estavam baseadas em indicadores e dados”, avaliou Lemos em entrevista ao programa ‘Esfera Pública’ da Rádio Guaíba. 

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