Pacote de fim de ano: Prefeitos enfrentam dilema diante de aumento de ICMS

Pacote de fim de ano: Prefeitos enfrentam dilema diante de aumento de ICMS

Aprovação garantirá reforço aos cofres dos municípios, mas mandatários precisarão dar explições em ano eleitoral

Taline Oppitz

Prefeito de Campo Bom, Luciano Orsi (centro), preside a Famurs

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É sintomática a dificuldade da Famurs de tomar e anunciar uma decisão a favor ou contra o projeto do governo gaúcho de majoração da alíquota modal do ICMS de 17% para 19,5%. Nesta sexta-feira, presidentes das Associações Regionais dos Municípios participaram de Assembleia Geral da Famurs, em formato híbrido, para definir uma posição oficial da entidade sobre a proposta.

O desfecho, no entanto, acabou adiado. Em tese, para a próxima quarta-feira. O argumento oficial utilizado foi o de garantir mais tempo para avaliação. Por um lado, a aprovação do projeto garantirá um reforço nos cofres municipais, que recebem 25% da arrecadação de ICMS. Reforço esse que começará a ser pago em 2024, último ano dos atuais mandatos.

Por outro lado, porém, prefeitos ficam em situação para lá de delicada, pois, em caso de apoio à majoração, terão de dar explicações ao empresariado e à população, em pleno ano eleitoral, quando muitos tentarão garantir novos mandatos no comando das prefeituras. Não por acaso, a possibilidade de voto secreto nas associações está sendo cogitada. Assim, as posições individuais dos agentes municipais seriam preservadas.


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