O debate ideológico não irá me nortear, diz Melo sobre disputa eleitoral de 2024 em Porto Alegre

O debate ideológico não irá me nortear, diz Melo sobre disputa eleitoral de 2024 em Porto Alegre

Forte candidato na disputa pela prefeitura da Capital, o atual gestor ainda fala com cautela sobre a pré-candidatura

Taline Oppitz

“Já fui classificado como comunista, socialista, bolsonarista", disse Sebastião Melo (MDB)

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Apontado como forte candidato na disputa pela prefeitura de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), que tentará à reeleição, ainda fala com cautela sobre a pré-candidatura. Seu nome, no entanto, já conta com o apoio de uma leva de partidos. Entre eles o PL, do vice Ricardo Gomes. As definições em torno do mapa eleitoral de 2024 na Capital ainda estão ocorrendo, mas estratégias que devem ser colocadas em prática durante a campanha, já são traçadas.

No PT, que tem a deputada Maria do Rosário como pré-candidata, uma das táticas será a de nacionalizar o debate, destacando ações do governo Lula no Planalto e comparando com o antecessor Jair Bolsonaro (PL). Neste cenário, Melo será rotulado como o representante do bolsonarismo na disputa. O emedebista, por sua vez, adotará a estratégia de falar com a população, com as comunidades.

“Já fui classificado como comunista, socialista, bolsonarista. Mas a verdade é que ideologia não coloca comida na mesa das pessoas, não garante casas dignas. Vou conversar com o povo. O debate ideológico não irá me nortear”, disse Melo, em entrevista ao programa Esfera Pública, da Rádio Guaíba.

O prefeito citou ainda que outras lideranças também enfrentaram rótulos de vinculação a Bolsonaro, segundo ele, em função de interesses políticos dos que protagonizaram as investidas. “O (José) Sartori, o (Eduardo) Leite e, mais recentemente, eu mesmo, somos acusados desse alinhamento, muitas vezes devido a uma ou outra manifestação. A eleição de 2024 é para prefeito, não para presidente da República”, disse.

‘Não contem comigo’

Crítico da reforma tributária nos moldes em que está sendo discutida, em função do risco da perda de receitas especialmente para as capitais, Sebastião Melo afirmou que a proposta é muito confusa para municípios e para o setor de serviços. Segundo ele, em função das exceções e das leis complementares que terão de ser votadas, haverá “outra reforma dentro da reforma”.

Melo afirmou ainda que o texto somente avançou agora, a toque de caixa, por interesses políticos do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP). “Essa reforma manterá uma máquina velha, carcomida e ineficiente. Não contem comigo”, disse.


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