Após críticas de prefeitos, governo Leite irá rever programa Assistir

Após críticas de prefeitos, governo Leite irá rever programa Assistir

Executivo criou grupo de trabalho para promover ajustes na iniciativa

Taline Oppitz

Leonardo Pascoal, presidente da Granpal, coordenou a reunião

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Alvo de críticas constantes e também de preocupação entre gestores da saúde, prefeitos e, inclusive, deputados aliados do governo, o programa Assistir foi pauta do encontro Café da Manhã Metropolitano, realizado pela Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre (Granpal), nesta segunda-feira. Segundo informações apresentadas no evento, dos 56 hospitais que perdem recursos com o programa, 11 estão localizados na área de abrangência dos 20 municípios da Granpal.

Um dos exemplos abordados foi o caso do hospital Getúlio Vargas, de Sapucaia do Sul, que perderia mais de 86% dos repasses anuais, ou seja, cerca de R$ 40,6 milhões por ano. A Granpal destacou ainda que, de acordo com levantamento, um dos impactos do Assistir levaria à redução de 1,4 milhão de exames, 730 mil de tratamentos clínicos e 90 mil cirurgias anuais, causando aumento de óbitos na casa dos quatro mil por ano.

Após críticas de deputados como Patrícia Alba (MDB), Luciana Genro (PSol) e Claudio Tatsch (PL), durante o programa "Esfera Pública", da Rádio Guaíba, a assessoria da Secretaria Estadual da Saúde encaminhou esclarecimentos à coluna. Segundo a nota, o governo do Estado não só está revendo o Assistir como foi criado grupo de trabalho, inclusive formado pelos municípios da Granpal, para promover ajustes no programa.

“Já foram realizadas diversas reuniões e, ainda hoje (segunda-feira), pela manhã, o grupo está ajustando os últimos detalhes. A maioria dos pontos já conta com acordo entre as partes. É importante ressaltar a ampliação de estruturas atendendo pelo SUS as regiões que geraram mais entregas de serviços para a população através da ampliação de ambulatórios em todo o Rio Grande do Sul por meio do Assistir”, diz trecho do texto, que destaca ainda a ampliação de 101 para 313 ambulatórios habilitados com o Assistir. As mudanças irão entrar em vigência, segundo a secretaria, “assim que fechar os critérios aprovados entre todos os envolvidos. Faltam poucos”


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