Pauta climática se impôs e veio para ficar na pauta política

Pauta climática se impôs e veio para ficar na pauta política

O enfrentamento às crises climáticas foi um dos destaques da Caravana Federativa, evento com ministros do governo federal, realizado na Fiergs

Taline Oppitz

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A pauta climática foi um dos destaques da Caravana Federativa, na Fiergs. A iniciativa envolve a estrutura de mais de 30 ministérios e secretarias do governo federal. Em sua manifestação no evento, o prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), entre outras cobranças, afirmou que o Brasil precisa ampliar as políticas públicas de enfrentamento às crises climáticas.

Melo defendeu a necessidade de atuação conjunta, entre estados e União, em políticas para enfrentar os desastres climáticos. “Porto Alegre tem hoje 82 mil pessoas vivendo em 142 áreas de risco. Precisamos de uma política urbana mais concreta com prevenção, mitigação e recuperação de áreas de risco”, disse.

Os eventos climáticos vêm mobilizando o governo federal, segundo o secretário de Comunicação Institucional da Presidência, Maneco Hassen. “Na quarta-feira, o vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), teve reuniões consecutivas sobre a seca no Amazonas, as chuvas em Santa Catarina e as enchentes no Rio Grande do Sul”, disse Maneco, em entrevista ao programa ‘Esfera Pública’, da Rádio Guaíba. Ele destacou que, em junho deste ano, 1.750 municípios brasileiros estavam com situações de emergência decretadas simultaneamente.

O tema também foi tratado ontem, em seminário, em Brasília. A secretária de Mudança do Clima do Ministério do Meio Ambiente, Ana Toni, afirmou no evento que 3.679 municípios brasileiros, ou 66% do total de 5.570, não estão preparados para enfrentar as mudanças climáticas. Ela destacou que o governo está trabalhando em planos setoriais que favoreçam a mitigação do problema e a adaptação.


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