Queda de braço que marca CPIs terá round no plenário da Câmara
Vereadores devem votar requerimento da mesa diretora que afasta Roberto Robaina da relaria em comissão da oposição
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A queda de braço política que marca o cenário em torno da instalação de duas CPIs na Câmara de Porto Alegre, que têm como foco o mesmo objeto, as supostas irregularidades na secretaria de Educação de Porto Alegre, ganhou um novo capítulo. Isto porque o requerimento que coloca em xeque a escolha de Roberto Robaina (PSol) como relator de uma das comissões foi avalizado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e agora terá de passar pelo aval do plenário, na próxima segunda-feira.
O desfecho na CCJ ocorreu em reunião, nesta terça-feira, com a votação de requerimento do líder do governo, vereador Idenir Cecchim (MDB), de recurso contra a decisão da presidente de uma das CPIs, vereadora Mari Pimentel (Novo). Ela havia indeferido solicitação inicial de Cecchim, no âmbito da CPI, para que a escolha do relator da comissão ocorresse por meio de eleição. A definição de Robaina para a relatoria vem gerando embates há dias por ter ocorrido por meio da indicação de Mari.
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Cecchim, que comanda a outra CPI, ingressou então com novo pedido, desta vez à mesa diretora da Câmara, que encaminhou o ofício à CCJ. Na instância, a relatora do pedido de Cecchim, vereadora Comandante Nádia (PP), se posicionou a favor do requerimento. Seu voto foi seguido pelo próprio Cecchim, por Ramiro Rosário (PSDB), Cláudio Janta (Solidariedade), Márcio Bins Ely (PDT) e Tiago Albrecht (Novo). Apenas o vereador Comasseto (PT) votou contra.
Como o requerimento foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça, agora ele terá de passar pelo aval do plenário. A sessão promete fortes embates e trocas de acusações, que, aliás, são dois ingredientes presentes desde as instalações das comissões e que têm impedido as investigações. Para a aprovação é necessária maioria simples.