Hacker e ajudante de ordens: cerco mira em Bolsonaro
A quinta-feira foi marcada por depoimento em CPMI e pelo direcionamento na defesa de Mauro Cid
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A quinta-feira foi de novas movimentações em torno do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), no âmbito de diferentes investigações.
Ao longo do dia, as atenções estiveram voltadas às falas do hacker Walter Delgatti Neto, que, mesmo sem provas, fez acusações relacionadas ao ex-presidente. Entre elas, que Bolsonaro teria pedido para ele invadir as urnas eletrônicas e, inclusive, prometeu indulto.
Porém, o retrospecto do hacker fez com que suas manifestações fossem entendidas com cautela, mesmo entre os opositores de Bolsonaro.
Mas foi no início da noite que a tensão ficou maior. A revista Veja compartilhou a capa da edição que vai circular nesta sexta-feira, na qual o advogado de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, diz que o seu cliente vendeu joias a pedido do ex-presidente.
Até o momento, o advogado confirmou as declarações aos veículos de imprensa. Cezar Bittencourt assumiu recentemente a defesa do ex-ajudante de ordem e, na quarta-feira, já dava indícios da estratégia que adotaria.
A narrativa seria a de justificar que Mauro Cid, como ajudante de ordens, obedecia ordens. O combo das declarações do hacker e do advogado de defesa de Cid fecha ainda mais o cerco em torno de Bolsonaro.
A esperar os próximos capítulos.
Em tempo: O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes autorizou a quebra dos sigilos bancário e fiscal de Bolsonaro, da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e de Mauro Cid.