Privatizações no Rio Grande do Sul evidenciam caso Agergs
Oposição quer mais explicações da CEEE Equatorial
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Privatizada há dois anos, a agora CEEE Equatorial segue em pauta para o governo gaúcho, apesar do comando privado. As cobranças mais recentes se devem aos desdobramentos após os ciclones que atingiram o Estado, especialmente o de junho. O episódio levou o governador Eduardo Leite (PSDB) a entrar em campo, pessoalmente, junto à companhia, em encontro marcado por cobranças.
Na Assembleia, a oposição não deixou passar em branco. Um dos movimentos é coordenado por parlamentares das bancadas do PT e do PCdoB. Em busca de explicações de representantes da CEEE Equatorial para a demora no restabelecimento do fornecimento de energia elétrica em municípios gaúchos, sobretudo na zona Sul, Miguel Rossetto protocolou, nesta segunda-feira, requerimento de audiência pública, na Comissão de Segurança, Serviços Públicos e Modernização.
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O caso se dá em meio às polêmicas que marcam a privatização da Corsan, também responsável por serviços essenciais. A venda para o Consórcio Aegea foi concretizada, mas estão em curso investidas no campo jurídico, especialmente devido ao sigilo que pesa sob parte das informações relativas à transação de R$ 4,1 bilhões.
O cenário fica ainda mais complexo diante das questões internas, que têm impacto na atuação externa da Agergs. Em abril deste ano, o então conselheiro Luiz Afonso Senna deixou o cargo fazendo duras críticas ao “desmantelamento” da agência, que irá passar por reformulações. A atual presidente, Luciana Luso de Carvalho, minimizou as investidas.