Taline Oppitz

PSDB faz 35 anos em meio à crise

Partido que por anos protagonizou os maiores embates na disputa presidencial, saiu das últimas eleições gerais um nanico.

Governador do RS, Eduardo Leite é presidente nacional do PSDB
Governador do RS, Eduardo Leite é presidente nacional do PSDB Foto : Grégori Bertó/Secom

Com 35 anos de fundação, completados no último domingo, o PSDB enfrenta o que, talvez, seja sua maior crise. Partido que por anos protagonizou os maiores embates na polarização com o PT em torno da disputa pela presidência da República, o PSDB saiu das últimas eleições gerais um nanico.

O primeiro baque significativo aconteceu na disputa de 2018, quando o PSDB foi a principal vítima do fenômeno Jair Bolsonaro. Na época, o então candidato tucano Geraldo Alckmin, hoje vice-presidente da República pelo PSB, conquistou apenas 4,64%, em um desempenho pífio.

De lá para cá, a situação só piorou e, em 2022, o PSDB, pela primeira vez em sua história, abriu mão da cabeça de chapa para apoiar Simone Tebet (MDB), após rifar João Doria, que havia sido escolhido representante em tumultuadas prévias, disputadas também por Eduardo Leite.

O governador gaúcho assumiu então a presidência nacional do partido com o desafio de levar o PSDB de volta à posição de relevância. Dividido entre as agendas do Piratini e de dirigente partidário, Leite vem realizando encontros com os diretórios estaduais para ouvir as demandas regionais.

Uma consultoria também foi contratada para apresentar diagnóstico sobre a situação do partido. Leite não esconde que segue apostando em trajetória nacional e que está em seus planos disputar o Planalto em 2026. Até lá, no entanto, há muitas variáveis que pesarão e que precisam ser observadas.

Entre elas, além do êxito ou fracasso no comando do PSDB e na tarefa de viabilizar o partido, o desempenho de Leite, primeiro governador reeleito do Rio Grande do Sul, no Executivo, servirá de vitrine.

Para o bem ou para o mal. 

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